segunda-feira, 9 de junho de 2014

Amizade, o sentido real.

Eu lembro bem quando nos conhecemos. Você falou comigo sem querer talvez, você achava que eu era boba igual a uma colega minha (risos). Lembro bem que nós trocamos algumas informações das quais eu nunca tinha trocado com ninguém, ninguém me entendia. E você entendeu, em segundos.

Era tempo de escola. Tempo esse que eu tive mais amigos diferentes de mim do que em qualquer outro lugar do mundo! Cada um tinha seu jeito, seu gosto, sua gargalhada, sua vida. E você também tinha tudo isso, porém diferentemente de todos, você sempre se aproximou dos gostos e risos. E até mesmo na proximidade de aniversário.
E foi aí que oficializamos: somos irmãos, e pronto.

A vida foi nos envelhecendo. Não tanto, pois eu ainda me sinto uma criança. Eu sou uma criança. Você, um dos poucos que me conhece realmente, sabe como sou. Insegura, distante, esquisita (você completaria com uma piada com a minha sexualidade só para deixar tudo mais leve hahah). E mesmo assim, você sempre esteve por perto.

Você deixa tudo mais leve. Com sua inteligência, sua seriedade, sua graça. Você é um cara de palavra, quando coloca algo na cabeça, não há quem tire. Você é belo, antenado, elegante. Todos que te conhecem viram seus fãs, e mesmo que você não ache isso, não tem ninguém que não converse com você e não se encha de conhecimento.

Sempre fui sua fã. Sou sua fã. Sempre serei.

Apesar de.

Eu sou muito difícil, e eu só achei esse o modo de lhe falar tudo. Te conhecendo, sei que talvez você ache que tudo isso será em vão em questão do quanto eu já devo ter te magoado. Mas eu preciso disso, desde que você afirmou quando lhe perguntei se você me odiaria. Doeu. Mas sei que eu tenho lhe causado chateação, e isso doí também.

Sou meu contraditória, sabe? Morro de medo da rejeição, da solidão.
E eu mesma procuro por isso.
Tenho me sentido distante de tudo e de todos. E não é falta de consideração, pois eu sinto falta, sinto medo.
E eu não falo disso com ninguém.

Tenho afastado bastante gente da minha vida, e sem querer. Ou por querer. Não sei.
Só não queria que você fosse uma delas, ainda mais sabendo que o próprio destino vai te afastar de mim. Mas quanto a isso, fico feliz. O que te fazer feliz, vai me fazer também. Eu mais que ninguém, te desejo o sucesso.

Enfim,
Me desculpe.
(Acho a palavra "desculpa" tão pequena. Eu a uso sempre pelas minhas besteiras. Uso com sinceridade, com o desejo que ela concerte, que ela arrume a bagunça que eu fiz. Mas ela é pequena, e parece boba. ):)

E eu te amo. Muito. Muito mesmo. E isso está meloso e chato, mas é.
Amanhã é seu aniversário. E quase o meu.
E vai ser sempre assim, porque pra mim, somos realmente irmãos.
E eu não sou a melhor do mundo, mas nunca pense que é falta de consideração.
Eu tenho a maior consideração do mundo.

E me desculpe. Por ser tão UÓ, em tantos assuntos.