sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Estou lhes deixando.

Eu queria poder ser mais bonita
Eu queria poder me achar mais bonita
Mesmo de chinelo, camisa e cabelo preso
Eu queria poder me achar bonita
Quando me olho no espelho e vejo minhas olheiras
Pois são elas o sinal que eu estou vivendo intensamente

Eu queria poder ser mais bonita
Eu queria poder me achar mais bonita
Mesmo quando um homem não gosta de algo que eu goste de vestir
Pois o corpo, a mente, a liberdade é minha, e somente minha

Eu queria poder ser mais bonita
E poder mostrar isso para minhas amigas companheiras
Para mostrar para elas que não é preciso que assobiem na rua para que isso seja comprovado

Eu queria poder ser mais bonita
Eu queria poder me achar mais bonita
Para poder ser eu, sem ser tão frágil

Eu queria. Você poderiam deixar?
Ou melhor, eu estou lhes deixando.

Vou procurar ser mais eu. E só eu.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Suspiro

Estou feliz que tenho ficado assim. Os meus dias estão regrados de uma esperança lá no fundinho.

Posso acordar com o pé esquerdo, Tropeçar, acordar em cima da hora, pegar um ônibus que quebra ou um metrô que leva uma hora para fazer um trajeto de 15 minutos. E ainda assim, a esperança tá bem ali. É super confortável.

Minha chefe pode me dar uma super bronca. Alguma pessoa na rua pode trombar em mim. Talvez eu não tenha dinheiro para pagar aquela conta, ou acorde querendo ouvir aquela música preferida triste. E mesmo assim, a esperança tá ali, logo do meu lado. Não tenho mais aquela imensa vontade de chorar como era antes. Eu era uma criança indefesa antes de conhecer, tinha medo de tudo e me defendia com minhas lágrimas. Tudo bem que hoje em dia não é tudo diferente, mas você vê as lágrimas e tenta seca-las, ou apenas entende-las.

Essa esperança é a coisa mais confortável que eu já pude sentir na minha vida. Quando meus medos tentam me fazer pensar que isso pode sumir, eu entro em desespero. Mas aí vem você, e me entrega de novo. E segura na minha mão, para que eu possa leva-la junto com você. A esperança de que há sim, alguém para te complementar, para te fazer transbordar. E te fazer agradecer todos os dias. 

Chega a ser engraçado, eu antigamente achava que amava. Mas não era assim, não era fácil. Agora é simples, é delicioso e confortável. Não sei o que era antes... mas eu sei o que é agora. Ainda bem!

Eu te amo, Paulo Vitor.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Parte 1

Eu te conheci assim, sem querer. Você não tinha mais nada pra fazer, resolveu passar no bar e puxar os amigos para conversar e bebericar cerveja.
Eu estava cansada daquela rotina. A minha vida já não me trazia surpresas, eu já não sentia nada, tudo era tão... tão só a vida. Entrei no mesmo bar, afim de não lembrar, nem de esquecer. Apenas bebericar mais um dia.
Foi então que conversamos. Eu estava no meu estado máximo de graça: eu não tinha que ser nada além de mim mesma para você, afinal você era só você. E o mesmo com você. Rimos de nós mesmo, bêbados e bobos.
Como não somos feitos apenas de alcool, nos olhamos com desejo. Já que estavamos brincando, por que não nos beijarmos? Seria sempre uma brincadeira.

Caminhei até minha casa cambaleando. "Ai, como eu bebi!" eu pensava. E como essa brincadeira foi divertida, sem me tocar que... olha só, quem diria! A minha vida estava andando. Aquela vidinha que eu tinha deixado sentada na poltrona do conforto. O conforto de não me apaixonar, de não viver, de apenas estar ali, como todos os dias.
E com o passar dos dias, a vida foi andando mais rápido ainda. Nós nos viamos todos os dias mas era isso. Isso de te beijar, abraçar, desejar e depois andar e viver a vida. Eu mesma me enganei de que isso não me afetava! Te encontrava, saia da minha jaula, me permetia e depois saia andando. Andando novamente para a caixinha do meu conforto: "não, eu sou feliz assim. Não, isso é bobagem. Não, eu não quero que ele me olhe de outra forma. Eu não o olho de outra forma. Qual mais forma existe? Estou aqui me convencendo que ninguém gosta de mim e eu não gosto de ninguém!".
O engraçado era você pensar e passar pelo mesmo que eu. Sem sabermos.

Enquanto eu me enganava aqui do outro lado, me dizendo que não amava ninguém, você tinha outro caso, outra mulher. Ela foi a única de me fazer estremecer na minha casca. Linda, muito linda. E eu? Eu era o que?
Só que você me confundia. Por que tendo ela ao seu lado, ainda assim me procurava?
Foi então que no dia que você me entregou um pacote surrado, com um grande laço amarelo que eu entendi. Você também estava se enganando aí desse lado.

Que bom.
Hoje você é só você. Só alguém que deixa eu ser eu mesma, que me abraça, que diz querer cuidar de mim, que tem uma beleza única.

Estou perdidamente apaixonada.

sábado, 2 de março de 2013

nosso roteiro.

Victor estava ali naquele palco pequeno quando ela

finalmente chegou. Carolina não era muito jeitosa, mas

aquele dia, ela parecia outra pessoa. Entrou como se não

precisasse provar nada a ninguém, sentou-se perto do palco

e pediu uma cerveja. Por dentro ela estava aflita, com

aquele típico medo de rejeição, porém deixou que as coisas

acontecessem.

Enquanto dentro de Carolina borbulhava a incerteza do

momento, Victor estava em meio a “Leãozinho” de Caetano

Veloso. Quando o último acorde foi feito, seu rosto se

encontra com o de Carol. Ela o olha com a intensidade. Ele

retribui. E sorri.

A selva de pedra parecia derreter. O clima estava

extremamente quente e ainda assim, caia a chuva. O seu

estava uma mistura de cinza com laranja. E embaixo dessa

enxurrada, estava Victor e Carolina. Eles se observavam.

Como as suas roupas estavam grudadas, de como os seus

cabelos grudavam no rosto, de como queriam se abraçar.

- Por que é que parece que eu já te conheço há tanto tempo

e que essa cena é familiar? – perguntou Carolina forçando a

voz ao grande barulho da cidade.

- Por que você pensa exatamente o mesmo que eu? E que isso

já aconteceu? – respondeu Victor.

Os dois se abraçaram. E pareceram respirar um novo ar,

muito mais limpo, quem sabe até de um campo.

domingo, 30 de dezembro de 2012

2012. O que dizer sobre você? Você não foi como os anos anteriores, não mesmo! Você me marcou tanto quanto os outros mas eu deixei tudo pra sentir aqui dentro de mim.
Aquele que era o meu primeiro emprego, hoje é a lembrança de uma fase maravilhosa. Sentir falta é a minha maior felicidade, pois nunca sentimos falta do que não nos fez bem. E lá, eu cresci. E saindo de lá, eu encontrei um caminho meio perdido mas que me marcou muito mais. Conheci as pessoas mais exóticas, das quais todas me entendem por completo e que partilham de loucuras. Tudo foi uma loucura. Eu fiquei louca. Mas foi como uma tatuagem. Doeu, marcou e faz parte de mim.
Existiu uma coisa que me apazigou das dores. A certeza de um futuro incerto. A faculdade. Deliciosamente pesando sobre meus ombros o futuro, eu te aguardo! Espero me deliciar cada vez mais. Se existe um lugar aonde eu me sinto com o maior aconchego do mundo é entre eles, todos eles. Todos esses elementos. Pessoas, conhecimentos.. Obrigada, obrigada, infinitos agradecimentos!
Esse ano também me marcou porque eu realmente encontrei alguém para amar e ser amada. Não sei se acabou, se durou exatamente o que era para durar, se ainda existe futuro, se ainda há nós. Porém um dia houve. E foi deliciosamente doloroso. Eu descobri como amar e deixei ser amada. Me adaptei a um outro. Me senti completamente escrita no nome dele. Só aprendi e cresci. Me senti mais mulher ao mesmo tempo que uma menina. Foi como se um passado horrível fosse guardado. Houveram brigas. Muitas. Bobas. Ridiculas. Mas até nisso, cresci ao seu lado. 7 meses. Obrigada. O que há guardado para nós?
E finalmente, dezembro trouxe uma felicidade para meu coração. Deus me deu a oportunidade de um emprego novo com pessoas maravilhosas. Obrigada mais uma vez.

2012 foi um ano dificil. Porém me sinto agradecida.

É hora de dizer adeus para você. Traga 2013 com cuidado, pois eu ja lhe quero muito bem!

Um beijo e um até mais ver.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dúvidas

Eu não conheço nada sobre o amor. E quanto mais escuto coisas sobre, mais fico confusa. Uns dizem que o amor é natural, que surgi que você não percebe. Que toma você por completo, em cada ponto de seu corpo. Ok. Mas e quando dizem que certos casos, nós aprendemos a amar? Onde damos chances á pessoas que viram nosso valor mas que a principio, não sentimos o mesmo. Vão me responder: "ué, vai surgir naturalmente do mesmo jeito, com o convívio." Tá, mas se é com o convivio que começamos a amar, como explicar o amor fraternal? Não é necessariamente pelo convivio, e por muitas vezes amamos a pessoa mesmo que odiamos cada ponto de sua personalidade. É inexplicável, não é mesmo? E é justamente assim que eu penso e continuarei a pensar sobre amar. As pessoas julgam amar como uma atitude simples dos humanos, apesar de envolver tamanho sofrimento juntamente com felicidade, e ser tudo um eterno paradoxo de mundos. Mas pra mim, não é simples, é além disso. É exagerado pensar assim? Mas tamanho valor sentimental assim por alguém não deveria ser pesado, complexo e completamente agradavel aos pulmões? Pulmões esses que pulsam nas fortes batidas de um coração que oscila entre alegrias e dúvidas. Ok, quando se ama de verdade, não se deve ter dúvidas. E olhando por esse lado, eu deveria melhorar meus "estudos" sobre tamanha complexidade.
Comento devagar para alguém sobre tais dúvidas e sempre me dizem para que eu tente, para que eu me abra para isso. Mas sendo eu uma pessoa que segura uma balança imaginária do racional e emocional, tenho a certeza de que as oportunidades que tive para abrir meu coração, abri quase um todo. Abri um enorme vão que sugava-me e que me asfixiava de tanta felicidade. Porém ainda assim, não era amor. Ou era. Mas tenho uma certa ideia que foi imposta por filmes românticos de que amor só é amor quando vem em dois. Amor em um, é só admiração. E lógicamente, não menosprezo a admiração. Graças a ela que nós, meros humanos fraquinhos, desejamos melhorar parar sustentar, ou até mesmo igualar, tamanho encantamento.
Enfim, seria muito cruel pensar que o amor precisa ir além de uma compreensão? Que não deve ser algo que se aprenda, e sim algo que só se sinta? Algo que não se nomeie, que não se possa tocar? E que ainda assim, possa suprir cada toque que nós, racionais-demais precisamos tanto?

E ainda assim, pareço ter milhares de palavras para falar sobre. Palavras que juntas não conseguem dizer nada.
Eu não procuro entender, afinal.

domingo, 11 de março de 2012

Amor.

Snoopy: Então, Charlie Brown, o que é o amor pra você?
Charlie Brown: Em 1987, meu pai tinha um carro azul.
Snoopy: Mas como é que isso tem a ver com o amor?
Charlie Brown: Bem, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saia do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ele ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir. Acho que isso é o amor.